Esse recorte diz respeito a um determinado aspecto, expresso no próprio título deste colóquio – a relação difícil, senão problemática, entre o amor e o desejo sexual.
Armide, episódio dirigido por Jean-Luc Godard no filme Ária (1987), chama a atenção pelo contraste em relação ao restante da filmografia desse diretor. Nele não encontramos propriamente uma narrativa – mesmo a narrativa fragmentada dos filmes anteriores de Godard é abandonada em função das imagens das personagens que parecem posar diante da câmera, autênticos tableaux vivants, sem nenhum compromisso com um enredo.
Continuamos a leitura do Seminário 10, A Angústia, com a aula XV, “Coisa de macho”. Lembrando sempre que esses comentários, como não poderia deixar de ser, são recortes no texto feitos de acordo com aquilo que cada um de nós pretende enfatizar. Portanto, não são e nem têm a pretensão de ser uma leitura única, definitiva, do ensino de Lacan.
Nosso estudo acerca do desejo tomou como ponto de partida o sonho da paciente de Freud que ficou conhecida pelo apelido dado por Lacan, a Bela Açougueira (FREUD, S., 1972 p. 156-160).
Identidades de gozo / Identidades Sexuais NAS Fórmulas da sexuação
É notória a influência da teoria do gênero nas discussões contemporâneas acerca da sexualidade.
O cinema, mesmo aquele que se pretende realista, não é neutro - disso somos alertados há tempos. A novidade que nos martelam na cabeça é que ele também não é neutro no sentido de sexo (ou de gênero, como quer a terminologia politicamente correta, herdeira do puritanismo norte-americano): cineastas criariam representações a partir de um ponto de vista masculino ou feminino.
A abordagem do tema da diferença sexual a partir da teoria psicanalítica implica defrontar-se com a questão de como e por que os seres da linguagem se identificam como “homens” e “mulheres”, de acordo ou não com o seu sexo anatômico.
O objetivo deste artigo não é elaborar um histórico do conceito de gozo em Lacan, tampouco pesquisar suas origens no Genuss freudiano. Certamente há vários textos que traçam esse percurso de forma inteligente e correta.
Os tempos do sujeito do inconsciente
Anais do V encontro internacional da IF-EPFCL